Arquivos abertos das cidades latino-americanas: imaginários, etnografias e memória (AACLA)
Somos um coletivo que investiga as relações entre cidades e arquivos latino-americanos. Arquivos Abertos das Cidades Latino-Americanas: imaginários, etnografias e memória explora a retomada dos arquivos enquanto gestos dinâmicos de seleção, significação, rememoração, vivência e criação.
Compreendemos os arquivos como resultantes de práticas de patrimônio, ações políticas, vivências etnográficas e atos imaginativos que tanto interpelam a cidade quanto são criados por ela. Sob essa ótica, os arquivos não são somente repositórios do passado preservado em documentos, artefatos, coleções e monumentos selecionados pela validação patrimonialista. Tampouco se esgotam nos palimpsestos arquitetônicos da espacialidade urbana. Eles se constituem também em diálogo com as mídias atuais e se potencializam nas projeções e expectativas de futuro geradas por múltiplos agentes.
A noção de “arquivo aberto” é um chamado à interação experiencial, discursiva, estética e política sobre os imaginários e repertórios que são apropriados, inventados e disputados pelos habitantes urbanos. Trata-se de destacar a vitalidade do arquivo como prática interativa que sedimenta memórias, atiça seleções/apagamentos e esboça estranhamentos e pertencimentos na cidade.
Marcadas por conflitivos legados do passado colonial ibérico, por regimes de escravidão e submissão de populações indígenas, as cidades latino-americanas são também vibrantes cenários de heranças multiculturais. Exploramos as cidades como arquivos abertos em suas especificidades, apropriações culturais e dilemas sociais.
A partir de um olhar ensaístico, o coletivo Arquivo Abertos privilegia pesquisas e criações no cinema, fotografia, artes plásticas, música, arquitetura, urbanismo, etnografia, mídias e literatura. Os enfoques são díspares abarcando história, geografia urbana, antropologia, estudos da imagem, mídia e literatura, mas há questões comuns atravessando nossos projetos. São elas: Quais são as relações entre arquivos patrimoniais, práticas artísticas, mídias sociais e memória urbana? Como imaginários e espaços públicos na cidade moderna/contemporânea foram/são modificadas por tecnologias, arte, consumo e agendas políticas? Quais são as etnografias possíveis na interseção entre cidades materiais e virtuais?
Pesquisadores:
Beatriz Jaguaribe
(ECO/UFRJ) Coordenadora Geral do Projeto
Consuelo Lins
(ECO/UFRJ) Coordenadora Geral do Projeto
Andrea França
(PUC-Rio)
Eduardo Kingman
(FLACSO)
Liv Sovik
(ECO/URFJ)
Patricia Machado
(PUC-Rio)
Colaboradores:
Aida Feitosa (ECO/UFRJ), Anita Guerra (Harvard University), Caio Bortolotti (ECO/UFRJ), Elisa Maia (ECO/UFRJ), Leonardo Ribeiro dos Santos (ECO/UFRJ), Lídia Michelle Damaceno Azevedo (ECO/UFRJ), Mariana Dias (ECO/UFRJ), Mateus Sanches Duarte (Duke University), Mohara Valle (ECO/UFRJ), Nicholas Sineiro (ECO/UFRJ), Patricia Cunegundes (PUC-Rio), Stephanie Andreas Nascimento de Souza (ECO/UFRJ), Sayd Mansur (ECO/UFRJ), Patricia Pamplona (ECO/UFRJ).
Rede:
Adrián Gorelik (Universidad de Quilmes), Adriana Medeiros (NegrasFotosGrafias), Alfredo Santillan (Flacso), Ana Paula Alves Ribeiro (UERJ), Anita Leandro (UFRJ), Arnaldo Cruz (Fordham University), Bruno Carvalho (Harvard University), Claudia Ferreira (CACES – Centro de Atividades Culturais, Econômicas e Sociais), Claudio Lomnitz (Columbia University), David Gómez López (Universidad Central del Ecuador), Elane Abreu (IISCA – UFCA), Erika Beton (Flacso), Esther Hamburger (USP), Fernanda Arêas Peixoto (USP), Florencia Garramuño (Universidad de San Andrés), Francisca Márquez Belloni (Universidad Alberto Hurtado), Gonzalo Aguilar (Universidad de Buenos Aires), Gustavo Guerrero (Université Cergy-Pontoise), Janaína Damaceno (UERJ), Lorraine Leu (University of Austin, Texas), Maria Alice Rezende de Carvalho (PUC-Rio), Mariana Cavalcanti (UERJ), Maria Fernanda Troya Gonzalez (Flacso), Mireya Salgado (Flacsco), Thaís Blank (FGV), Vyjaynthi Rao (Terreform Center for Advanced Urban Research).