Nosso projeto tem uma dupla face: por um lado, investigamos práticas artísticas que trabalham com arquivos familiares de fotografias e filmes, diários íntimos, cartas, poesias e crônicas urbanas, tendo como horizonte a virtualização das produções de subjetividades nos meios digitais (em redes sociais, blogs, sites); por outro, realizaremos filmes ensaísticos, experimentais e pessoais, nos quais o que chamamos aqui de “arquivos afetivos” está em questão. Trata-se de pensar a construção de nossas memórias diante de um mundo em dissolução, em que imagens, sons e textos estão, de saída, à beira do desaparecimento. Nesse gesto teórico e prático, privilegiaremos interações entre o que é do domínio privado e o que é domínio público: extrair das histórias e memórias pessoais restritas a um grupo familiar algo que possa ser compartilhado como um “bem comum” nos parece fundamental nessa empreitada.
Publicado por Consuelo Lins
(ECO/UFRJ) Coordenadora Geral do Projeto
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